Coincidência
tem poder de convencimento arrebatador; é a voz do acaso sussurrando os fatos. São
verdades imediatas driblando os sentidos. Não é à toa que ganhador de loteria
vira celebridade. Aquela pessoa foi escolhida para receber recompensa de um
esforço que não teve, quebrando a lógica do merecimento.
Há
coincidências que me dão certezas que se manifestam através de arrepios. Não
tenho dúvidas sobre uma brisa fria quando ela chega, não duvido quando me
impressiono testemunhando uma boa ação na rua, ou quando ouço uma poesia que me
cala. Meus arrepios servem como parabólicas apontadas para o inusitado, o que
meus olhos fotografaram, os arrepios revelam.
Há situações
em que preciso deles para prestar atenção às coisas, como estas que narrarei. É
fato verídico. Se tentar explicar demais, será mentira, por isso contarei
apenas esta verdade que me resta. Prometo exagerar nas omissões das impressões,
focarei no que importa naquela estrada vestida de cansaço e luz.
Depois de
quase quatro horas de estrada, cansei de ler e-mails, cortar unhas e das
músicas bregas que ouvia no CD. Passei, então, a zapear entre rádios para
manter meu pensamento ocupado.
Eis que surge,
do meio do chiado, uma voz explicando sobre os anjos. Ouvi bastante sobre
anjos, arcanjos e serafins, então me dei conta de que eu devia ter um ótimo
anjo da guarda. Lembrei-me do meu acidente do qual saí praticamente ileso; do
cinto de segurança metafísico que me manteve neste mundo.
Voltando ao
programa, em determinado momento o locutor, pastor, ou sei lá o que, dizia que
todos nós temos anjos da guarda que nos acompanham. E afirmou:
- É
importante, meu amigo, minha amiga, que você conheça seu anjo da guarda. E ele
tem um nome.
Neste exato
momento em que aquele tipo de pastor da nova Era dizia a palavra “nome”, meu
carro passava diante de uma placa de trânsito indicando a direção da cidade de
“São Miguel Arcanjo”.
Anjos de
verdade não se apresentam. Neste caso, foi assim também. Meu sinal foi no arrepio
que veio do ruflar das suas asas. Não sei ainda se estava indo ou voltando, mas
nossos caminhos se cruzaram para sempre.
10 comentários:
Penso que anjo vem quando quer e não quando queremos!
Quem tem legião de anjo é bêbado.
Acredito em anjos e já encontrei e falei com muitos
Acho que temos anjos, não anjo... e estão sempre perto da gente... mas acredito nos anjos humanos, se é que isso é possível.
Acho que o anjo é um presente que se recebe ao nascer.
A primeira história que ouvi sobre os anjos foi contada por um quadro que sobrevive, como uma relíquia familiar.
O meu anjo me toca, me guia, me arrepia também.
É sempre bom sabê-lo. E compartilhar.
Eu acredito em anjos e em vidas passadas. Há muitas situações que me levam a crer no trânsito entre histórias. É como se vivêssemos de seus estágios na terra. Não sei, mas... tudo é possível!
Beijos,
Maria Maria
Lindo seu SENTIR! Parabéns!
Emerson;
Passei por experiência parecida com a sua. Também sai ileso de uma situação que poderia me ter sido fatal. O anjo que me protege também é Miguel, como descobri mais tarde e comprovei através de inúmeras e incríveis coincidências semelhantes à sua. Hoje já conheço melhor o "meu" anjo, que fala comigo quando bem entende.
E sempre que acontece, me emociono e agradeço.
Também acredito que temos vários anjos acampando ao nosso redor... miríades deles!
Linda experiência!
Sinais! (:
Há braços!
Vc me seguiu no twitter (@_lu_almeida_) e eu vi que tinha blog. Vim conhecer...rs Amei seu blog. Serei leitora assídua. Depois dá uma olhadinha no meu http://vestidadedrama.blogspot.com.br/ mas não espere muito. Sou uma amadora na arte de escrever..rs Seja benevolente. Bjs..
Muito bom este texto, Emerson. Eu acredito em anjos e acho que o que você escreveu tem a ver. Abraços
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