ACALANTO
Em brumas de acalanto me disperso
Qual nuvem de presságios arredios.
Em vez de despedir-me, digo um verso
Às ninfas que me servem calafrios.
Por isso, quase sempre me aquieto
E nunca reverbero o som da dor:
As brumas vêm do sonho predileto
E o vento lhes afasta o sofredor.
Às sendas sinuosas me ofereço
E sigo nas palavras o começo
Do texto que meu fim dará início.
E sinto que, no fundo, alguém descreve
Lembranças de uma vida que não teve
Enquanto joga ao vento o seu resquício...
Unknown
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