Pressinto ensanguentado aquela cena
Não sei que tempo abriga, se termina,
Se faço uma oração, ou um poema
Que exista enquanto a lua me ilumina.
Escrevo-me habitando os versos poucos,
Pausando-me ao compasso de tormentos,
Se abrem-se as aspas, versos loucos
Assopram-me vestígios macilentos.
Assim, de letra em letra, me acorrento,
Se vejo-me palavra solto ao vento
Desejos em versinhos como essências...
Sou texto que se fecha sem resposta
Meu sonho te perdeu nas reticências.
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