Persigo-te em quimeras e lembranças.
Adianto o passo errante e vou liberto;
Se rasgo o peito ao vento nas andanças,
És tu que me orientas no deserto.
Mas curta é a solidão pra quem resiste
Ao sol que lhe castiga o ser errante;
A luz não pesa mais que um sonho triste
Que brota em teu olhar como um brilhante.
Comigo vem teu rastro sem juízo:
Os rostos orvalhados pelo riso
Imersos neste instante que me invade.
Estás nos pensamentos que demoram,
Trancada na lembrança de onde afloram
Imensas cachoeiras de saudade.
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