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ARCO-IRIS

Do pântano me elevo entre os vapores,
Crisântemos e esferas abissais...
Transporto-me nas bolhas multicores
Aos céus dos inorgânicos cristais.

E neste sobrevoo de fulgores,
Por sobre as incertezas desiguais,
Sou campo que me espalho junto às flores,
Imerso nos jardins e nos quintais.

Assim, não me contenho, me abrevio,
Exerço meu perdão no calafrio
Que corre em minhas veias, como a cor.

Desato o nó que é preso na garganta,
Enquanto a chama tíbia, quase santa,
Esvai-se num soluço de pavor.

Unknown

2 comentários:

Teia de Textos disse...

Emerson, fica difícil escrever depois de um texto sinteticamente profundo, reflexivo, ritmado e que, de alguma forma, dispara imagens inconscientes.
Ah! Esse olho multicor faz tantas referências a tantos sentimentos que nunca ousei lhe falar que deixa ainda mais uma profunda marca em mim.
Não queria que fosse assim.
Seria melhor se você não fosse tão brilhante!
Com profundo respeito e admiração: parabéns!

Anônimo disse...
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