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JANELA

Van Gogh - "Pôr-do-Sol"


Aos Mares dos Desejos vou sem mim:
Habito os Descaminhos de outras Eras;
Vagueio entre as Folhagens dos Jardins,
Singrando as abissais Atmosferas.
*
E como numa Instância onipresente,
Sem Nada de Sorriso ou de Ilusão,
Vislumbro meu Cansaço no Poente
Qual Noite que anuncia a Escuridão.
*
Mas quando minhas Pálpebras cerradas,
Repousam no Horizonte da Jornada,
A Luz minguante jorra do meu Ser:
*
Reabre-se a Janela ao Sol rasante
E eu, que nasço e morro num Instante,
Agora não sei mais entardecer.

Unknown

4 comentários:

LucianaArruda disse...

caramba,geralmente a musa é sempre Lua Cheia... gostei do minguante jorrando... beijo!

Vampira Dea disse...

Eita que palavra na sua mão vira tesouro!

Teia de Textos disse...

Então, sobre o soneto você sabe que eu gosto muito, já que foi sugestão minha a repostagem.
Quanto ao seu comentário em meu blog, digo que você empregou Demócrito em sua visão sobre os átomos. rsrsrs
Boa noite! :D

Anônimo disse...

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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