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num mundo de visões me perco e habito
as noites em que sonho ser um santo.
acordo e não desperto com meu grito:
imóvel, perco o sono e não levanto.
quem sou? pergunto ao sonho fugidio.
que tempo há de nascer quando eu voltar?
por que tanta lembrança e calafrio
se nada é mais incerto que acordar?
nas teias do meu ego submerso
encontro os dois espelhos no reverso
da imagem que dá vida ao meu Narciso.
por fim, quando me volto ao sonho lento
um pássaro me rasga o pensamento
lembrando que acordar não é preciso.
as noites em que sonho ser um santo.
acordo e não desperto com meu grito:
imóvel, perco o sono e não levanto.
quem sou? pergunto ao sonho fugidio.
que tempo há de nascer quando eu voltar?
por que tanta lembrança e calafrio
se nada é mais incerto que acordar?
nas teias do meu ego submerso
encontro os dois espelhos no reverso
da imagem que dá vida ao meu Narciso.
por fim, quando me volto ao sonho lento
um pássaro me rasga o pensamento
lembrando que acordar não é preciso.
5 comentários:
Como diria Calderon de La Barca: "A vida é sonho e os sonhos, sonhos são", abração.
Ah! Que pena! Você tirou o Margrite (O Espelho Falso). Tinha ficado maravilhada, pois a minha impressão era de que o quadro havia sido pintado para este soneto!
Seu soneto é de uma beleza única e filosófica.
Não há ninguém, ninguém no mundo como você.
Olá, Emerson!
Passando para ler os seus poemas, pois gosto muito da maneira como se expressa. Aproveito para desejar uma Feliz Páscoa!
Um abraço,
Patrícia Lara
Que lindo...
Adorei o poema da velinha ^^
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