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LABIRINTO

(1)

A luz é mais intensa que o silêncio
Que espalha os fragmentos pelo mundo.
Assim, não me arrependo do que penso,
Eu faço do meu tempo o meu segundo.
*
Acordo em meio ao dia incandescente
Debruço na janela de um olhar;
Flutuo nos vapores do presente
Enquanto me procuro além do mar.
*
Resisto o quanto posso enquanto penso...
Mas, ai!..., já sinto a flecha que me alcança:
O tempo é mais veloz que o meu silêncio,
*
Navega em águas ríspidas e lança
Portais de labirintos neste imenso
Clarão indivisível da lembrança.

*

(1) Bomba de Hiroshima

Unknown

5 comentários:

Rúbida Rosa disse...

Olá Emerson... penso que falávamos quase da mesma coisa nesses nossos poemas.Afinal, todas as coisas de alguma forma estão "linkadas". Ainda mais os poetas e suas "anteninhas captadoras de tudo"!
Teu poema também está muito bonito!
Abraços literários...

Isaac Marinho disse...

'Explosivo'...

... atordoante e, por fim, belo.

Teus sonetos são excelentes. Gosto muito de lê-los.

"Perder-se na poesia é também encontrar-se dentro dela..." (I.M.)

=)

Sucesso em tudo.

Um abraço.

Unknown disse...

Também vejo o inevitável ali na frente, as lembranças, para mim, sempre insistentes, tanto na memória, como nos tropeços. Muito bom... abraço.

LucianaArruda disse...

ahhhnn Emerson, só consigo pensar que tudo é lindo...fico sem palavras...
beijos!

Anônimo disse...

:(

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