Ausência que me alcança, o que fizeste
Daquela em que depus todo o meu ser?
És tu que me retornas no celeste
Cenário de promessas sem saber?
Ausência que me enlaça, és tu que existes
Na aurora deste dia sem luar?
És tu que vens ruflando as asas tristes
De amores que se foram sem chegar?
Princesa dos meus dias, que tu queres?
Que eu seja o teu poente em tarde amiga?
Contigo voltarei de onde estiveres,
Serás no meu destino uma cantiga.
Feliz tu me farás quando o quiseres,
Embora, por amor, eu não te diga.
(Imagem: Van Gogh - Almond Blossom )
9 comentários:
superb....
Há tempos eu não lia algo de um autor desconhecido (pelo menos pra mim...rsrs) que me comovesse tanto!Parabéns!Valeu mendigar a visita.
Lindo!
Para vc, querido amigO, que quer o mesmo que eu*
Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato.
Fernando Pessoa *Ricardo Reis*
*Eu não quero mais do que isso*
Beijos, Emerson
Renata
Para quem não sabe falar de amor...está aqui um belo poema! DIVINO!
Que delicado...muito bonito!
Um abraço!
Perfeito! Aliás, estou sendo repetitiva. Afinal, sempre digo que perfeição e beleza são pleonasmos para seus sonetos.
Que a Teia sempre lhe envolva, caro poeta! =]
bjo
Lindíssimo!!!!
O twitter e a internet tem mesmo uma qualidade: entregam presentes, assim, fácil. Adorei ler isso.
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