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CENÁRIO


Ausência que me alcança, o que fizeste

Daquela em que depus todo o meu ser?

És tu que me retornas no celeste

Cenário de promessas sem saber?


Ausência que me enlaça, és tu que existes

Na aurora deste dia sem luar?

És tu que vens ruflando as asas tristes

De amores que se foram sem chegar?


Princesa dos meus dias, que tu queres?

Que eu seja o teu poente em tarde amiga?

Contigo voltarei de onde estiveres,


Serás no meu destino uma cantiga.

Feliz tu me farás quando o quiseres,

Embora, por amor, eu não te diga.


(Imagem: Van Gogh - Almond Blossom )

Unknown

9 comentários:

Anônimo disse...

superb....

Márcia Luz disse...

Há tempos eu não lia algo de um autor desconhecido (pelo menos pra mim...rsrs) que me comovesse tanto!Parabéns!Valeu mendigar a visita.

Tradutora Carol disse...

Lindo!

RENATA CORDEIRO disse...

Para vc, querido amigO, que quer o mesmo que eu*

Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato.

Fernando Pessoa *Ricardo Reis*


*Eu não quero mais do que isso*

Beijos, Emerson
Renata

isabel maria disse...

Para quem não sabe falar de amor...está aqui um belo poema! DIVINO!

Sônia disse...

Que delicado...muito bonito!


Um abraço!

Teia de Textos disse...

Perfeito! Aliás, estou sendo repetitiva. Afinal, sempre digo que perfeição e beleza são pleonasmos para seus sonetos.
Que a Teia sempre lhe envolva, caro poeta! =]
bjo

Tanya disse...

Lindíssimo!!!!

Wonderwoman disse...

O twitter e a internet tem mesmo uma qualidade: entregam presentes, assim, fácil. Adorei ler isso.

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