Rabisco nesta areia junto ao mar
Teu vulto sinuoso em movimento,
E ouço a brisa em rosas me falar
Segredos feitos pétalas ao vento.
E assim, na fúria em flor que te revelas
Em mãe, mulher, irmã das multifaces,
És musa desde as guerras mais singelas,
A santa ou pecadora sem disfarces.
Não sei te descrever, nem poderia:
A luz que dos teus olhos irradia
É a voz que cega os ventos, mas conduz.
Por isso que desperto de repente,
Se houve um paraíso, foi teu ventre,
No mundo a que me deste ver a luz.
Notas: (1) mulieribus: do latim: (dativo/ablativo) às mulheres
(2) Este soneto publiquei primeiro no blog da Dea por ocasião da semana da mulher. E ora o reproduzo aqui. A figura da ilustração aproveitei a mesma que ela já tinha escolhido.
(2) Este soneto publiquei primeiro no blog da Dea por ocasião da semana da mulher. E ora o reproduzo aqui. A figura da ilustração aproveitei a mesma que ela já tinha escolhido.
8 comentários:
A musa... gosto dela.. a melhor parte de ser mulher...
bjinhus lindo lindoo
Lelli
Lindo, lindo.E o livro, quando fica pronto?
Sensibilidade que respeita! Que acolhe! Que emociona a gente, Emerson. Lindo poema. Beijos.
belo poema, gostei do blog, bjus
Linda homenagem... em forma de soneto fica ainda mais delicada.
Meubeijopravocê
Olá, Emerson! Boa Páscoa!
*Recado
poema da Renata
eu mandei um recado
e nele estava escrito isto
não estou disponível nas praças
ou nas placas de sinalização
não estou na algazarra dos protestos
ou nos gritos de gente enlouquecida
e a bandeira que levanto ninguém olha
por isso não me acham, se procuram
ou esquecem ou ignoram
são tão broncos que adoram
a beleza que traz guerra
não enxergam que estou perto
vestido de branco, esperando
mas ninguém encontra fácil
um simples acordo de paz*
Beijos!
Renata
Adorei o soneto! Muito bonito!
Querido poeta-pensador,
hoje mais do que nunca sua sensibilidade é de um prazer para nós.
Valeu, Emerson!
Mulieres,
nós temos irmão,
pai,
companheiro,
amante,
amigo!
E muito mais...
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